Ambiente de trabalho e professor vulnerável a Síndrome de Burnout
A qualidade de vida é uma necessidade vital ao trabalho do professor, principalmente nos contextos família e escola, pois são os lugares em que ficam sujeitos às pressões ambientais do cotidiano. Assim, padecer cronicamente de dores musculares, dores de cabeça, estar sempre irritado e impaciente... são formas de vida e de morte que ninguém quer para si.
Estamos diante de um assunto muito sério: a saúde do professor, um bem essencial a todos os seres humanos. Mas, infelizmente, penso que a saúde não se tem. Ela deve ser conquistada todos os dias na relação que temos com o ambiente ou contexto onde estamos inseridos, pois contribuem para manter a saúde ou destruir a sua função como docente. Será que as instituições governamentais têm políticas públicas que priorizam a saúde do professor? Será que o ambiente de trabalho do professor favorece a sua qualidade de vida?
As respostas para estas perguntas não são positivas. Na realidade os ambientes de trabalho dos professores não são promotores de saúde e qualidade de vida; normalmente a vivência do professor diariamente é extremamente estressante, uma rotina onde mal têm tempo para ele mesmo. Sofre com comportamento irregular ou indisciplinado de alunos, onde não tem apoio dos pais como deveria, possui uma carga de trabalho excessiva, porque sempre leva trabalhos da escola para casa além da falta reconhecimento profissional tem determinado como o estresse no trabalho tem afetado a saúde desses profissionais.
Esse contexto faz com que muitos professores sintam-se exaustos, frustrados, incapazes, sentem-se culpados por não fazer o bastante, ficam irritados... esses e outros fatores do contexto educativo favorecem que nós professores fiquemos vulneráveis a Síndrome de Burnout. Dessa forma, gostaria de chamar a atenção dos colegas de profissão para refletir sobre a gravidade e os riscos que esta traz. A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo precedido de esgotamento físico e mental intenso; definida por Herbert J. Freudenberger como: “(...) um estado de esgotamento físico e mental intimamente ligada à vida profissional.”
A síndrome no estágio avançado do estresse é notada primeiramente pelos colegas de trabalho e por pessoas que convivem diariamente com o doente (alunos e família) e por último pelo próprio doente, o qual deve procurar ajuda profissional especializada tendo na maioria das vezes que ser afastado temporariamente de suas funções ou aposentar-se por invalidez. A doença se inicia com aspectos psicológicos e culminam em problemas físicos, comprometendo o desempenho profissional. Vale ressaltar que os sinais e sintomas aqui apresentados são meramente informativos, pois somente um médico ou psicoterapeuta podem proceder a uma avaliação adequada.
Sintomas físicos: exaustão (esgotamento físico temporário), fadiga (capacidade física ou mental decrescentes), dores de cabeça, dores generalizadas, transtornos no aparelho digestivo, alteração do sono e disfunções sexuais. Sintomas Psicológicos: quadro depressivo, irritabilidade, ansiedade, perda de interesse e descrédito (sistema e pessoas). Sintomas Comportamentais: começa a evitar os alunos, evita fazer contato visual com pessoas, faz uso de adjetivos depreciativos, dá em sala de aula explicações breves e superficiais aos alunos, transfere suas responsabilidades, reage às provocações em papéis distintos enquanto educador e resiste às mudanças.
Como consequências, o doente apresenta: apatia ou cinismo nos diálogos, dificuldade em desempenhar suas funções, diminui os seus contatos sociais, desvaloriza o lazer, negligencia aos cuidados pessoais, faz auto-medicação(que agrava o quadro), cria resistência em buscar ajuda médica. Além de enfatizar pensamentos de auto-destruição e até mesmo o suicídio. Nesse contexto, cuidar da saúde dos professores é também cuidar da educação, cuidar do nosso futuro, pois o que desejamos ao mundo depende do que fazemos no presente. Assim “a qualidade de vida” que muitas instituições escolares proporcionam aos professores é vergonhosa, que não contribuem para manter a saúde dos docentes, principalmente por sermos agentes de transformação pessoal e social.
Certamente, merecemos melhores condições de trabalho juntamente com melhores salários. Só para lembrar aos nossos governantes não somos máquinas e mesmo que fossemos precisaríamos de manutenção e cuidados.
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas- rosangelacadide@hotmail.com Fonte: RDNEWS
Estamos diante de um assunto muito sério: a saúde do professor, um bem essencial a todos os seres humanos. Mas, infelizmente, penso que a saúde não se tem. Ela deve ser conquistada todos os dias na relação que temos com o ambiente ou contexto onde estamos inseridos, pois contribuem para manter a saúde ou destruir a sua função como docente. Será que as instituições governamentais têm políticas públicas que priorizam a saúde do professor? Será que o ambiente de trabalho do professor favorece a sua qualidade de vida?
As respostas para estas perguntas não são positivas. Na realidade os ambientes de trabalho dos professores não são promotores de saúde e qualidade de vida; normalmente a vivência do professor diariamente é extremamente estressante, uma rotina onde mal têm tempo para ele mesmo. Sofre com comportamento irregular ou indisciplinado de alunos, onde não tem apoio dos pais como deveria, possui uma carga de trabalho excessiva, porque sempre leva trabalhos da escola para casa além da falta reconhecimento profissional tem determinado como o estresse no trabalho tem afetado a saúde desses profissionais.
Esse contexto faz com que muitos professores sintam-se exaustos, frustrados, incapazes, sentem-se culpados por não fazer o bastante, ficam irritados... esses e outros fatores do contexto educativo favorecem que nós professores fiquemos vulneráveis a Síndrome de Burnout. Dessa forma, gostaria de chamar a atenção dos colegas de profissão para refletir sobre a gravidade e os riscos que esta traz. A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo precedido de esgotamento físico e mental intenso; definida por Herbert J. Freudenberger como: “(...) um estado de esgotamento físico e mental intimamente ligada à vida profissional.”
A síndrome no estágio avançado do estresse é notada primeiramente pelos colegas de trabalho e por pessoas que convivem diariamente com o doente (alunos e família) e por último pelo próprio doente, o qual deve procurar ajuda profissional especializada tendo na maioria das vezes que ser afastado temporariamente de suas funções ou aposentar-se por invalidez. A doença se inicia com aspectos psicológicos e culminam em problemas físicos, comprometendo o desempenho profissional. Vale ressaltar que os sinais e sintomas aqui apresentados são meramente informativos, pois somente um médico ou psicoterapeuta podem proceder a uma avaliação adequada.
Sintomas físicos: exaustão (esgotamento físico temporário), fadiga (capacidade física ou mental decrescentes), dores de cabeça, dores generalizadas, transtornos no aparelho digestivo, alteração do sono e disfunções sexuais. Sintomas Psicológicos: quadro depressivo, irritabilidade, ansiedade, perda de interesse e descrédito (sistema e pessoas). Sintomas Comportamentais: começa a evitar os alunos, evita fazer contato visual com pessoas, faz uso de adjetivos depreciativos, dá em sala de aula explicações breves e superficiais aos alunos, transfere suas responsabilidades, reage às provocações em papéis distintos enquanto educador e resiste às mudanças.
Como consequências, o doente apresenta: apatia ou cinismo nos diálogos, dificuldade em desempenhar suas funções, diminui os seus contatos sociais, desvaloriza o lazer, negligencia aos cuidados pessoais, faz auto-medicação(que agrava o quadro), cria resistência em buscar ajuda médica. Além de enfatizar pensamentos de auto-destruição e até mesmo o suicídio. Nesse contexto, cuidar da saúde dos professores é também cuidar da educação, cuidar do nosso futuro, pois o que desejamos ao mundo depende do que fazemos no presente. Assim “a qualidade de vida” que muitas instituições escolares proporcionam aos professores é vergonhosa, que não contribuem para manter a saúde dos docentes, principalmente por sermos agentes de transformação pessoal e social.
Certamente, merecemos melhores condições de trabalho juntamente com melhores salários. Só para lembrar aos nossos governantes não somos máquinas e mesmo que fossemos precisaríamos de manutenção e cuidados.
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas- rosangelacadide@hotmail.com Fonte: RDNEWS
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