FORMADORA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL DO CEFAPRO DE ALTA FLORESTA PARTICIPA DO IX CONGRESSO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO EM RECIFE/PE
A formadora de Tecnologia Educacional Valdite A. Heinzen participou nos dias 28, 29 e 30 de setembro do IX Congresso Internacional de Tecnologia na Educação em Recife/PE onde apresentou um trabalho que está iniciando junto aos professores das salas de recursos do Pólo de Alta Floresta. Trata-se de uma formação continuada que auxiliará esses professores a desenvolverem ações pedagógicas significativas mediadas pelas tecnologias digitais de informação e de comunicação e de recursos de acessibilidade alicerçadas na premissa da inclusão social e digital de sujeitos com necessidades educativas especiais. Pois as TICs, apesar de as escolas estarem muito bem equipadas, ainda são pouco utilizadas com alunos com necessidades educacionais especiais, constatando-se que isso se dá, principalmente pela falta de formação adequada do professor em como utilizá-las pedagogicamente.
Segundo a Formadora, a maioria dos professores demonstra-se abertos e interessados em apropriar-se do uso das Tics nas suas práticas pedagógicas, favorecendo a proposta de formação continuada nessa área, visando a utilização das TIC como estratégias de aprendizagem e práticas pedagógicas significativas aos alunos com necessidades educacionais especiais.
No evento, ficou a cargo do educador Moacir Gadotti, a Conferência Magna de Abertura, na tarde do dia 28, com a palestra “Os desafios da educação em tempos de mudança”. Aluno e discípulo do mestre Paulo Freire, o paulista autor de mais de 30 livros na área educacional destacou que o essencial é achar uma linha tênue entre as novas tecnologias e as atuais práticas educacionais.
Para Gadotti, assim como tivemos uma geração de crianças “televisadas”, hoje já temos as “informatizadas”, sendo, portanto, necessário estar atento às mudanças comportamentais e culturais. “Não é que tudo vá ser resolvido com tecnologia, mas as tradicionais formas de educação e os aparatos tecnológicos precisam andar de mãos dadas. Não há outra saída se quisermos melhorar”, enfatizou. O escritor ainda pontuou o principal desafio dos gestores de educação: o tratamento aos professores. “Se quisermos mudar, é preciso ter um olhar diferenciado para os professores, principalmente no que tange a valorização da mão de obra.
Miguel Arroyo, doutor em Educação pela Stanford University (EUA), ministrou a palestra “Mestre, qual é o teu ofício?”, na manhã do dia 29, ele nos diz que é por meio da humanização do sistema educacional, sobretudo na relação professor-aluno, que está à chave do avanço no sistema educacional.
Entender o aluno em todos os aspectos é uma das prerrogativas para o sucesso nas relações de ensino. “Não basta apenas conhecer as trajetórias escolares, mas, sobretudo, as trajetórias humanas”. Segundo ele, essa construção se dá a partir do momento em que o docente permite os questionamentos dos alunos para todas as questões possíveis, muitas vezes, as que vão além do conteúdo didático. “O aluno deve ser educado para a vida, estimulando o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, e valores, que auxiliem a viver numa sociedade democrática”..
Em clima de descontração e bastante bom humor, o doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) professor Celso Vasconcelos apresentou vários aspectos, positivos e negativos, da docência na atualidade, durante sua palestra “Os desafios da formação e da ética na construção da identidade docente”. Ele, que sonhava em ser cientista, quando pequeno, garante que a profissão escolhida lhe trouxe mais alegria do que tristeza durante todos estes anos como professor.
Através de uma abordagem histórica e analítica do ofício de ensinar, nos mostrou que, se no passado o professor ocupava uma posição de prestígio e reconhecimento na sociedade, hoje, se espera dele muito mais do que apenas ensinar: ele tem que ser pai, mãe, psicólogo, assistente social, médico, bombeiro, funções que muitas vezes nada tem haver com a sua formação.
Afirma ainda que, se os salários baixos, a falta de reconhecimento e infraestrutura, pressões, a carga burocrática e as salas lotadas são razões bastante conhecidas para afastar os professores das aulas, “a reflexão sobre a ética docente ajuda a superar a lógica excludente, que subestima e desvaloriza a classe”.
Parabéns pelo belo trabalho apresentado, estas ações mostra como Mato Grosso esta usando as tecnologias para realmente integrar com as atividades pedagógicas realizadas na escola.
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