Redes sociais facilitam comunicação e impulsionam processo de colaboração na web

Até 2015, o mundo reunirá cerca de 15 bilhões de dispositivos conectados à internet, o que deverá representar um pouco mais que o dobro da sua população – atualmente, na casa dos 6 bilhões. A previsão é do estudo Visual Networking Index, realizado pela Cisco.
No Brasil, a pesquisa indica que teremos 575 milhões de dispositivos conectados em rede – mais que o dobro da quantidade atual. A média estimada é de  2,8 dispositivos por habitante.
Com mais acesso aos dispositivos online, cada vez mais pessoas poderão compartilhar informações e trocar experiências. Afinal, estamos na era da comunicação e da colaboração. E esta realidade também reflete na área educacional, pois a tecnologia tem facilitado e ampliado o processo de interação entre alunos, professores e conteúdos diversos.
Uma pesquisa mundial realizada pela Clarus Research Group, em parceria com a Cisco, mostra que, no Brasil, 100% dos profissionais da educação acreditam que o uso das tecnologias mudará a maneira como os estudantes aprendem. E, para 88% dos entrevistados, a maneira de ensinar também será aprimorada.
Entre outros fatores, melhorar o trabalho conjunto entre alunos e instituições foi um dos principais motivos apontados como base para este ganho de qualidade. Ou seja, podemos concluir que a colaboração, principal característica da nova web, realmente está em alta e deverá ganhar cada vez mais espaço na educação.
Durante o seminário A Sociedade em Rede e a Economia Criativa, promovido pela Vivo no fim de maio, o professor e consultor norte-americano Clay Shirky falou sobre o futuro da internet. Autor do livro A Cultura da Participação, o especialista afirma que a colaboração online revolucionará a política e a educação no mundo todo.
De acordo com Shirky, entre as principais contribuições sociais que a web trará, está a disseminação de conteúdo educacional de forma colaborativa. “A internet pode melhorar muito a educação em vários países e estudantes de várias partes do mundo podem se ajudar a aprender.”
Porém, para que a colaboração se torne cada vez mais abrangente, é necessário que a relação entre conteúdo e navegabilidade seja a mais simples possível. E diversas ferramentas estão disponíveis para facilitar este processo, inclusive com soluções que ajudam a potencializar as estratégias de ensino-aprendizagem. Mas é necessário que os docentes analisem os recursos tecnológicos mais adequados a cada projeto pedagógico.
É claro que os sistemas utilizados em cursos a distância já oferecem avançados recursos de colaboração, incluindo ambientes específicos para a realização de chats, fóruns de discussão, publicação de materiais adicionais e bibliotecas de arquivos de áudio, vídeo e texto.
Mas, na busca por práticas que ajudem a construir o conhecimento coletivo, também vale adotar sistemas que já são familiares à maioria dos usuários. Assim, blogs, wikis, webquests, podcasts, portais de relacionamento (como Facebook e Orkut) e miniblogs (como Twitter e Tumblr) não podem ser descartados quando o objetivo é facilitar o intercâmbio entre alunos, professores e conteúdo didático. E isso vale para educadores de todas as modalidades de ensino, pois o importante é fomentar o processo de colaboração e mantê-lo sempre ativo.

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