Servidor denuncia facilitação de dados
JOANICE DE DEUS
Da Reportagem
Servidores públicos da prefeitura estão tendo o cadastro funcional acessado por instituições financeiras que fazem empréstimos consignados em folha de pagamento. Em determinados casos, as financeiras conseguem até mesmo o espelho do contracheque do trabalhador. Em Cuiabá, 30% dos servidores, de um universo de 14 mil, contam com empréstimos consignados.
Uma das funcionárias municipais que afirma ter sofrido este tipo de invasão de privacidade é a técnica em Multimeio Didático, Maria Jorgelina Fortunato. “Praticamente todos os dias vinha um funcionário da Credforte aqui no meu local de trabalho me oferecendo o financiamento. Eu falava que não tinha interesse, pois já havia feito empréstimo em outro banco. E embora eu dissesse que não era possível, eles diziam que poderiam pegar o meu holerite”, disse.
Maria Jorgelina conta que, por falta de tempo, já havia solicitado a uma pessoa conhecida e confiável que pegasse para ela os contracheques. Entretanto, não conseguiu. “Foi o pessoal da financeira quem me passou. Eles que me repassaram os holerites que estava precisando”, afirmou. Segundo ela, foram entregues os contracheques dos meses de maio, junho e julho passados.
Além da invasão da privacidade, outra preocupação de Maria Jorgelina é com a questão da segurança. “Sabemos que existem muitos casos de clonagem de nomes e documentos para aplicar golpes na praça. Imagina se de repente você se encontra com um rombo na conta”, comentou.
“Estão tendo acesso a toda a vida funcional do servidor. Na primeira vez que me ligaram, ofereceram empréstimo para uma servidora aposentada da prefeitura da qual sou procuradora. Depois, também fui procurada para fazer o financiamento. Eles não só sabiam o meu nome completo, como tinham o número do meu celular. Celular é uma coisa pessoal, não dei o número para eles em nenhum momento”, contou outra funcionária pública municipal, que preferiu não de identificar.
A servidora disse ainda que lhe pediram para informar o número da sua matrícula funcional, que rapidamente permite o acesso às informações de caráter pessoal e restrito aos servidores públicos por meio de senha individual. Com essa matrícula, é possível obter informações sobre dados cadastrais, funcionais, benefícios ou contracheque.
Ela não passou, mas sua preocupação é com trabalhador desavisado que, diante do assédio, acaba repassando os dados ou mesmo sendo induzido a fazer empréstimos sem precisar.
A secretária de Gestão da prefeitura, Adriana Paula Barbosa da Silva, informou que não havia nenhuma reclamação feita por funcionários diretamente ao órgão municipal ou mesmo à Ouvidoria do município e que tomou conhecimento sobre os fatos por meio da reportagem do Diário. “Essas são informações que só podem ser obtidas pelo próprio servidor e com a apresentação de documentos como Identidade e CPF”, disse.
Conforme Adriana Barbosa, os empréstimos consignados em folhas só são liberados, por meio de convênio, para os bancos do Brasil (BB) e o Panamericano, que têm como representante a Credforte. Porém, com exceção de valores para cálculo da margem de consignação, “é vedada a entrega de cópias de holerites do servidor”.
Adriana Barbosa frisou ainda que fora do prédio da prefeitura não há como a administração proibir o assédio das financiadoras aos servidores. Porém, dentro do Palácio Municipal não é permitido. A secretária garantiu ainda que vai determinar uma investigação sobre as denúncias. “Vamos apurar para identificar eventuais desvios de conduta (de servidor)”, afirmou.
Da Reportagem
Servidores públicos da prefeitura estão tendo o cadastro funcional acessado por instituições financeiras que fazem empréstimos consignados em folha de pagamento. Em determinados casos, as financeiras conseguem até mesmo o espelho do contracheque do trabalhador. Em Cuiabá, 30% dos servidores, de um universo de 14 mil, contam com empréstimos consignados.
Uma das funcionárias municipais que afirma ter sofrido este tipo de invasão de privacidade é a técnica em Multimeio Didático, Maria Jorgelina Fortunato. “Praticamente todos os dias vinha um funcionário da Credforte aqui no meu local de trabalho me oferecendo o financiamento. Eu falava que não tinha interesse, pois já havia feito empréstimo em outro banco. E embora eu dissesse que não era possível, eles diziam que poderiam pegar o meu holerite”, disse.
Maria Jorgelina conta que, por falta de tempo, já havia solicitado a uma pessoa conhecida e confiável que pegasse para ela os contracheques. Entretanto, não conseguiu. “Foi o pessoal da financeira quem me passou. Eles que me repassaram os holerites que estava precisando”, afirmou. Segundo ela, foram entregues os contracheques dos meses de maio, junho e julho passados.
Além da invasão da privacidade, outra preocupação de Maria Jorgelina é com a questão da segurança. “Sabemos que existem muitos casos de clonagem de nomes e documentos para aplicar golpes na praça. Imagina se de repente você se encontra com um rombo na conta”, comentou.
“Estão tendo acesso a toda a vida funcional do servidor. Na primeira vez que me ligaram, ofereceram empréstimo para uma servidora aposentada da prefeitura da qual sou procuradora. Depois, também fui procurada para fazer o financiamento. Eles não só sabiam o meu nome completo, como tinham o número do meu celular. Celular é uma coisa pessoal, não dei o número para eles em nenhum momento”, contou outra funcionária pública municipal, que preferiu não de identificar.
A servidora disse ainda que lhe pediram para informar o número da sua matrícula funcional, que rapidamente permite o acesso às informações de caráter pessoal e restrito aos servidores públicos por meio de senha individual. Com essa matrícula, é possível obter informações sobre dados cadastrais, funcionais, benefícios ou contracheque.
Ela não passou, mas sua preocupação é com trabalhador desavisado que, diante do assédio, acaba repassando os dados ou mesmo sendo induzido a fazer empréstimos sem precisar.
A secretária de Gestão da prefeitura, Adriana Paula Barbosa da Silva, informou que não havia nenhuma reclamação feita por funcionários diretamente ao órgão municipal ou mesmo à Ouvidoria do município e que tomou conhecimento sobre os fatos por meio da reportagem do Diário. “Essas são informações que só podem ser obtidas pelo próprio servidor e com a apresentação de documentos como Identidade e CPF”, disse.
Conforme Adriana Barbosa, os empréstimos consignados em folhas só são liberados, por meio de convênio, para os bancos do Brasil (BB) e o Panamericano, que têm como representante a Credforte. Porém, com exceção de valores para cálculo da margem de consignação, “é vedada a entrega de cópias de holerites do servidor”.
Adriana Barbosa frisou ainda que fora do prédio da prefeitura não há como a administração proibir o assédio das financiadoras aos servidores. Porém, dentro do Palácio Municipal não é permitido. A secretária garantiu ainda que vai determinar uma investigação sobre as denúncias. “Vamos apurar para identificar eventuais desvios de conduta (de servidor)”, afirmou.
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