Funcionários da Educação comemoram seu dia com muitos desafios à frente
Funcionários da Educação comemoram seu dia com muitos desafios à frente
Os funcionários têm obtido significativas conquistas nos últimos anos
Ontem
(7) foi o Dia Nacional do Funcionário da Educação. O segmento, que
reúne mais de um milhão de trabalhadores, tem ganhado cada vez mais
destaque nas políticas de desenvolvimento do setor. Os funcionários têm
obtido significativas conquistas nos últimos anos, como o
reconhecimento da profissão e a ampliação do número de vagas nos cursos
de formação. Mas ainda tem vários desafios a enfrentar, como a
consolidação dos planos de carreira da categoria.
A
resolução n° 5 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de
Educação (CNE) foi um divisor de águas para a categoria. O documento,
de agosto de 2010, fixou as diretrizes nacionais para os planos de
carreira e a remuneração dos funcionários da educação básica. Em outras
palavras, pode-se dizer que naquele momento estava sendo "criada" a
profissão.
Da
mesma forma, a alteração do artigo 61 da Lei de Diretrizes e Bases
(LDB) - mudança inserida pela Lei n° 12.014/2009 - reconheceu
definitivamente os funcionários da educação como atores chave do
processo de ensino, tanto quando os professores, marcando outro avanço
para a categoria. "Estamos vivendo um momento de transição de um
tratamento de simples funcionários para profissionais da educação, com
a concepção consolidada de que também são educadores. Isto é uma grande
conquista que podemos comemorar hoje no Dia do Funcionário da
Educação", salienta José Valdivino de Moraes, secretário-executivo da
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).
O
dirigente destaca também a criação do Profuncionário como outro passo
importante na valorização da categoria. José Valdivino afirma que um
número razoável de trabalhadores já foram capacitados pelo programa nos
estados, e a perspectiva é que esse contingente se amplie para mais de
150 mil até 2014. O desafio, segundo ele, é aumentar a oferta de
formação nos municípios, por meio de convênios com os Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs).
Essa
tarefa poderá ser facilitada com a aprovação do Projeto de Lei 2142/11,
que atualmente tramita em caráter terminativo na Comissão de
Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. A proposta
coloca a oferta dos cursos de formação para funcionários da educação em
nível médio e superior entre os objetivos prioritários dos (IFETs).
Plano de carreira
Das
batalhas a serem vencidas pelos funcionários da Educação, José
Valdivino destaca a questão dos planos de carreira. Segundo ele, o
desinteresse dos governos estaduais e municipais em elaborar os
documentos junto aos trabalhadores demonstra a resistência em
reconhecer a importância da categoria nas políticas de educação. "O
prejuízo não é só financeiro, mas conceitual. Porque os estados e
municípios que não aprovam o plano de carreira reconhecem seus
funcionários na concepção de uma atividade meramente burocrática.
Quando você tem um plano de carreira específico e investe na
profissionalização, você inverte esse raciocínio e reconhece também
como atividade educativa", explica.
De
acordo com o secretário-executivo da CNTE, a meta 18 do projeto do novo
Plano Nacional de Educação (PNE), já aprovada na Câmara e que agora
segue para o Senado, vai favorecer os funcionários, ao regulamentar o
período que os estados e municípios terão para instituir seus planos de
carreira para todos os profissionais da Educação.
Fonte: site do SINTP/MT
Postagem: Damião de Souza Santos
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